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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

o verbo ;

                                              O verbo ;
Verbo é o nome dado à classe gramatical que designa uma ocorrência ou situação. É uma das duas classes gramaticais nucleares do idioma, sendo a outra o substantivo. É o verbo que determina o tipo do predicado.

Classificação

Os verbos admitem vários tipos de classificação, que englobam aspectos tanto semânticos quanto morfológicos.
Podem ser divididos da seguinte forma:

Quanto à semântica

Verbos transitivos

Designam ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, e que afetam outro(s) indivíduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ação. Podem ser transitivos diretos se precedem diretamente o objeto, ou indiretos, se exigem uma preposição antes do objeto.
Exemplos
  • dar
  • fazer
  • vender
  • escrever
  • amar
  • etc

Verbos intransitivos

Designam ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, mas que não afetam outros indivíduos.
Exemplos
  • andar
  • existir
  • nadar
  • voar
  • etc

Verbos de ligação

São os verbos que, em vez de ações, designam situações. Servem para ligar o sujeito ao predicativo.
Exemplos
  • ser
  • estar
  • parecer
  • permanecer
  • continuar
  • andar
  • tornar-se
  • ficar
  • viver
  • virar
  • etc

Verbos impessoais

São verbos que designam ações involuntárias. Geralmente, mas nem sempre, designam fenômenos meteorológicos e, portanto, não têm sujeito nem objeto na oração.
Exemplos
  • chover
  • anoitecer
  • nevar
  • haver (no sentido de existência)
  • etc.

Quanto à conjugação

Verbos da primeira conjugação

São os verbos cuja vogal temática é a:
  • molhar
  • cortar
  • relatar
  • etc

Verbos da segunda conjugação

São os verbos cuja vogal temática é e:
  • receber
  • conter
  • poder
  • etc
O verbo anômalo pôr (único com o tema em o), com seus compostos, também é considerado da segunda conjugação devido à sua forma antiga (poer).

Verbos da terceira conjugação

São os verbos cuja vogal temática é i:
  • sorrir
  • fugir
  • iludir
  • cair
  • colorir
  • etc

Quanto à morfologia

Verbos regulares

Flexionam sempre de acordo com os paradigmas da conjugação a que pertencem.
Exemplos
  • amar
  • vender
  • partir
  • etc

Verbos irregulares

Sofrem algumas modificações em relação aos paradigmas da conjugação a que pertencem.
Exemplos
  • resfolegar
  • caber
  • medir ("eu resfolgo", "eu caibo", "eu meço", e não "eu resfolego", "eu cabo", "eu medo").

Verbos anômalos

São verbos que não seguem os paradigmas da conjugação a que pertence, sendo que muitas vezes o radical é diferente em cada conjugação.
Exemplos
ir, ser, ter ("eu vou", "ele foi"; "eu sou", "tu és", "ele tinha", "eu tivesse", e não "eu io", "ele iu", "eu sejo", "tu sês", "ele tia", "eu tesse"). O verbo "pôr" pertence à segunda conjugação e é anômalo a começar do próprio infinitivo).

Verbos defectivos

São verbos que não têm uma ou mais formas conjugadas.
Exemplos
  • reaver
  • precaver - não existem as formas "reavejo"
  • "precavenha"
  • etc.

Verbos abundantes

São verbos que apresentam mais de uma forma de conjugação.
Exemplos
  • encher - enchido, cheio
  • fixar - fixado, fixo.

Flexão

Os verbos têm as seguintes categorias de flexão:

Número

Singular e plural.

Pessoa

Primeira (transmissor), segunda (receptor), terceira (mensagem).

Modo

Indicativo, conjuntivo ou subjuntivo, imperativo, alem das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio).

Tempo

Presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito.

O pronome ;

Pronome

Palavra pertencente a uma classe fechada de palavras que, em alguns casos, permite variação em género e número, noutros em pessoa, género e número e noutros permite mesmo variação em Caso. Ao contrário do que acontece com o determinante, o pronome não pode preceder um nome (a menos que sejam separados por uma pausa) e que é distribucionalmente equivalente a um grupo nominal.

(i) ele - Ele vai a casa.

(ii) este - Este é o melhor.

(iii) meu - O meu é o melhor.


Impossibilidade de co-ocorrência de nomes e pronomes:

(iv) *Ele Miguel é bonito.

(v) O meu carro é o melhor. (neste caso, a co-ocorrência só é possível porque "meu" é um determinante e não um pronome)


Pronome demonstrativo

Pronome que não pode ser precedido de nenhum tipo de determinante, invariável, e que tem um valor deíctico, na medida em que estabelece a sua referência através de um mecanismo de localização que toma como ponto de referência as pessoas da enunciação ((i), (ii)).
Determinante demonstrativo usado como pronome (iii).

Pronomes demonstrativos:
a) Formas tónicas
- isto
- isso
- aquilo
b) Forma átona
- o (ocorre sempre adjacente ao verbo, à sua esquerda ou à sua direita)

(i) [Isto] incomoda-me.
(ii) Ele disse-[o] (= ele disse isso / ele disse que ...)
(ii) Este rapaz é um palerma e [aquele] também..

Ver "determinante demonstrativo".


Pronome indefinido

Palavra pertencente à classe dos pronomes, invariável, com valor referencial não definido e não específico (i).
Quantificador usado como pronome, como em (ii).

i) [Alguém] bateu à porta.
   Ele comeu [tudo].
   [Ninguém] lhe telefonou.
(ii) [Todos] vieram à festa.
    Tu compraste muitos livros mas eu só comprei [alguns].

Alguns dos pronomes indefinidos são intrinsecamente negativos, pelo que não podem co-ocorrer com a negação frásica (i), se ocuparem a posição pré-verbal de sujeito, e co-ocorrem obrigatoriamente com negação frásica, quando em posição pós-verbal (ii).

(i) Ninguém entra
    *Ninguém não entra
(ii) Não entra ninguém.
    *Entra ninguém.


Pronome interrogativo

Pronome que identifica o constituinte interrogado em interrogativas parciais ((i), (ii)).
Quantificadores interrogativos usados como pronomes (iii).

São pronomes interrogativos:

- o_que, o_quê
- quem
- que
- porque, porquê
- como
- onde

(i) Quem encontraste?
(ii) Fizeste o quê?
(iii) Quantas encontraste?


Pronome pessoal

Pronome que não pode ser precedido de nenhum tipo de determinante, que admite variação em Caso, além de variação em pessoa, género e número, e que se refere aos participantes do discurso.
O pronome pessoal tem formas tónicas e formas átonas. São formas átonas as formas do pronome pessoal que ocorrem sistematicamente adjacentes ao verbo (à esquerda do verbo ou à direita, neste caso, separadas por hífen, ou ainda no interior das formas de futuro e futuro do pretérito); são formas tónicas as restantes formas.
Contam-se ainda entre os pronomes pessoais os pronomes pessoais reflexos, recíprocos, "se" impessoal, "se" passivo e "se" inerente.

Pronomes pessoais tónicos:
  
eu, tu, você, ele / ela, nós, vós, vocês, eles / elas; mim, ti, si.

Pronomes pessoais átonos:

me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes, se.

1. São formas de contracção do pronome pessoal tónico com a preposição "com" as seguintes formas:
comigo, contigo, connosco, convosco, consigo.

2. São formas de contracção de dois pronomes pessoais as formas "mo(s)"/"ma(s)" (contracção de "me" e "o(s)"/"a(s)"), "to(s)"/"ta(s)" (contracção de "te" e  "o(s)"/"a(s)"), "lho(s)"/"lha(s)" (contracção de "lhe" e "o(s)"/"a(s)").

Pronome pessoal recíproco
Pronome pessoal nos Casos acusativo, dativo ou oblíquo que indica pelo menos duas entidades distintas referidas pelo grupo nominal com a função de sujeito (i) e que estão envolvidas numa situação simultaneamente como agentes e como pacientes.

Pronomes pessoais recíprocos:
nos, vos, se

(i) Eles magoaram-se (uns ao outros).
    O João e a Maria enganaram-se (um ao outro).

1. Os pronomes pessoais recíprocos só ocorrem em frases com sujeito plurais ou com sujeitos constituídos por dois grupos nominais coordenados.

Note-se que as formas do pronome pessoal recíproco são idênticas a formas do pronome pessoal reflexo, pelo que algumas frases podem ser ambíguas entre a leitura reflexa ou recíproca (ii). No entanto, se juntarmos a expressão "um ao outro", "uns aos outros" ou "entre si" à frase (ii) , a leitura passa a ser obrigatoriamente recíproca.

(1) Eles feriram-se.

(2) Eles feriram-se um ao outro.

Pronome pessoal reflexo
Pronome pessoal nos Casos acusativo, dativo ou oblíquo que indica que uma única entidade é simultaneamente agente e paciente da acção expressa pelo verbo.

Os pronomes pessoais reflexos são:

se, si (que pode ocorrer na contracção "consigo"), me, te, nos, vos.

(i) Eu lavei-[me] com gel de banho. (acusativo)

(ii) Oferecemo-[nos] uma viagem ao Quénia. (dativo)

(iii) Eles só falam de si (próprios / mesmos).

Note-se que as formas do pronome pessoal recíproco são idênticas a formas do pronome pessoal reflexo, pelo que algumas frases, como a que se encontra em (iv), podem ser ambíguas entre a leitura reflexa ou recíproca. No entanto, se juntarmos a expressão "a mim / ti / si próprio / mesmo" ou "a nós / vós /eles próprios / mesmos" à frase (v) , a leitura passa a ser obrigatoriamente reflexa.

(iv) Eles feriram-se.

(v) Eles feriram-se a si próprios.

“se” impessoal
Pronome pessoal que é uma das formas de expressão de um sujeito nulo indeterminado, que é parafraseável por HÁ PESSOAS QUE ou HÁ QUEM.

(i) Diz-[se] que o João vendeu a casa. (= Há quem diga que o João vendeu a casa)

(ii) Vende-[se] maçãs. (= Há quem venda maçãs / Há pessoas que vendem maçãs)

Note-se que, em construções com "se" impessoal, o verbo se encontra invariavelmente na terceira pessoa do singular.  Assim, numa frase como (ii), o grupo nominal [maçãs] não é o sujeito mas o complemento do verbo.

Ver "se passivo" e "se inerente".

“se” passivo
Pronome pessoal que permite formar uma frase passiva sem utilizar um verbo auxiliar, pelo que as frases com "se" passivo são sempre parafraseáveis por uma frase com o auxiliar da passiva.

(i) Vendem-se maçãs. (= Maçãs são vendidas)

(ii) Ouvem-se ainda vozes na sala. (= São ainda ouvidas vozes na sala)

1. Numa frase como (i),  o grupo nominal [maçãs] é de facto o sujeito do verbo "vender" visto haver  concordância entre esse grupo nominal e o verbo.

2. Quando o núcleo do grupo nominal é singular, exite muitas vezes ambiguidade entre uma interpretação de "se" passivo e uma interpretação de "se" impessoal (cf. (iii) e as possibilidades de paráfrase apresentadas em (iv) e (v)):

(iii) Vendeu-se [muita cerveja] no sábado.

(iv) Foi vendida muita cerveja no sábado. ("se" passivo)

(v) Houve pessoas que venderam muita cerveja no sábado. ("se" impessoal)

“se” inerente
Pronome pessoal sem valor reflexo, recíproco, impessoal ou passivo e sem função sintáctica na frase a que pertence, que pode ser considerado parte integrante dos verbos.
Há verbos que exigem sempre a presença de "se" inerente (i) e verbos que a admitem, mas não exigem (ii). Há igualmente verbos que, quando usados intransitivamente, exigem (iii) ou admitem (ii) "se" inerente.
Formas do pronome inerente:
me, te, se, nos, vos.

(i) Eles atreveram-se a mentir?

(ii) Ele riu(-se) da Margarida.

(iii) O barco afundou-se por causa do temporal.

(iv) O gelado derreteu(-se) com o calor.

1. Note-se que não é possível fazer seguir a um pronome pessoal inerente expressões como "a si próprio" ou "um ao outro", o que mostra que se trata de um forma diferente dos pronomes reflexos e dos pronomes recíprocos:

(v) *Eles atreveram-se {um ao outro / a si mesmos} a mentir?

2. As  frases com "se" inerente também não podem receber as paráfrases típicas de frases com "se" passivo# ou com "se" impessoal#(compare-se (iii) com (vi) e (vii):

(vi) =/= O barco foi afundado por causa do temporal.

(vii) =/= Há gente que afundou o barco por causa do temporal.


Pronome possessivo

Pronome que admite variação em pessoa, género e número e que tem um valor deíctico, na medida em que estabelece a sua referência através de um mecanismo de localização que toma como ponto de referência os participantes do discurso tomados como possuidores (ii).
Os pronomes possessivos são geralmente precedidos de artigo definido (i).

Pronomes possessivos:

Um possuidor:
- meu, minha, meus, minhas
- teu, tua, teus, tuas
- seu, sua, sues, suas

Vários possuidores:
- nosso, nossa, nossos, nossas
- vosso, vossa, vossos, vossas
- seu, sua, seus, suas

(i) Os meus filhos estão óptimos, e os teus?

(ii) Encontrei muitas fotografias da Ana no sótão; tuas, não encontrei.


Pronome relativo

Pronome que é o elemento mais à esquerda em frases subordinadas adjectivas relativas com antecedente (i) ou em frases subordinadas substantivas relativas sem antecedente (ii).

São pronomes relativos:

Variáveis:
- o qual, os quais, a qual, as quais
- quanto, quantos, quantas

Invariáveis:
- que
- quem
- onde

(i) Encontrei o livro [de que me falaste].

(ii) Conheço [quem te pode ajudar].

1. Note-se que o pronome relativo tem uma função dupla na frase adjectiva ou substantiva em que ocorre, na medida em que:
(i) sendo um pronome, é núcleo de um grupo nominal com uma dada função sintáctica;
(ii) serve de conector ou elemento de ligação entre a frase subordinada e a subordinante.

2. Como o exemplo (i) mostra, quando o pronome relativo faz parte de um grupo preposicional, todo o grupo preposicional  ocorre em posição inicial da frase relativa.

Ver "quantificador relativo".

O determinante ;

Determinante

Palavra pertencente a uma classe fechada, que especifica um nome, precedendo-o, e que contribui para a construção do seu valor referencial, com informações sobre propriedades sintácticas e semânticas dos objectos ou entidades designados.
Os determinantes têm um comportamento sintáctico distinto dos quantificadores e classificam-se em duas subclasses: a dos artigos (i) e a dos determinantes demonstrativos (ii) e possessivos (iii).

(i)
(a) São artigos definidos:

o / os
a /as

(b) São artigos indefinidos:

um / uns
uma / umas

(ii) São determinantes demonstrativos:

este / estes / esta / estas
esse / esses / essa / essas
aquele / aqueles / aquela / aquelas

(iii) São determinantes possessivos:

Um possuidor:
meu, minha, meus, minhas
teu, tua, teus, tuas
seu, sua, seus, suas

Vários possuidores:
nosso, nossa, nossos, nossas
vosso, vossa, vossos, vossas
seu, sua, seus, suas



Artigos

Palavra pertencente a uma subclasse dos determinantes e que tem duas subclasses: a dos artigos definidos (i) e a dos artigos indefinidos (ii).
Os artigos têm uma distribuição diferente dos determinantes, sendo que o artigo precede sempre o determinante possessivo (iii) e não pode co-ocorrer com o determinante demonstrativo (iv).

(i)
  (a) São artigos definidos:

o / os
a /as

(ii)
  (b) São artigos indefinidos:

um / uns
uma / umas

 Exemplos:
(iii)
  (a) O meu aluno / *Meu o aluno chega sempre atrasado.
  (b) Um aluno meu / *Meu aluno um chegou atrasado.
(iv) * O este / *este o meu
 

Artigo definido vs indefinido

Os artigos definidos e os indefinidos ocorrem indistintamente nos grupos nominais com a função de sujeito ou de complemento directo, conforme (i) e (ii).
O artigo definido exprime um valor de referência definida e, por essa razão, alguns nomes próprios, que exprimem referentes únicos, não admitem a presença de artigo definido (iii). Pelo contrário, o artigo indefinido exprime um valor de referência indefinida, pelo que a sua co-ocorrência com nomes próprios está em geral excluída (iv).

 Exemplos:
(i) O rapaz comeu o bolo.
(ii) Um rapaz comeu um bolo.
(iii) Portugal / *O Portugal é um país europeu.
(iv) *Um Afonso é o meu filho.



Determinante demonstrativo

Determinante que admite variação em género e número e que tem um valor deíctico, na medida em que estabelece a sua referência através de um mecanismo de localização que toma como ponto de referência as pessoas da enunciação (i).
Ao contrário dos pronomes demonstrativos, os determinantes demonstrativos co-ocorrem com nomes, em posição pré-nominal, especificando-os (ii).
O determinante demonstrativo não pode co-ocorrer com o artigo, conforme (iii), e, em caso de co-ocorrência com o determinante possessivo, precede-o obrigatoriamente (iv).
Os determinantes demonstrativos podem ser precedidos de certos quantificadores (v).

(i) São determinantes demonstrativos:

este / estes / esta / estas
esse / esses / essa / essas
aquele / aqueles / aquela / aquelas

 Exemplos:
(ii)
 (a) Este carro é o melhor. ("este" é um determinante)
 (b) Este é o melhor. ("este" é um pronome)
(iii) * O este / *Este o aluno chega sempre atrasado.
(iv) Este meu / *Meu [este] aluno chega sempre atrasado.
(v) Todos estes alunos chegaram atrasados.

Os determinantes demonstrativos também são denominados "adjectivos demonstrativos".



Determinante nulo

Determinante sem realização lexical que ocorre em grupos nominais e cujo núcleo é um nome comum não contável no singular, como em (i), ou um nome comum contável no plural, como em (ii).
A aceitabilidade de (iii) deve-se a uma leitura do nome como "parte qualitativa de areia" (ver "nome não contável").

 Exemplos:
(i)
 (a) Quero [-] areia para construir a minha casa.
 (b) *Quero [a] areia para construir a minha casa.
(ii) Quero [-] flores bonitas. =/= Quero as flores bonitas.
(iii) Quero [essa] areia para construir a minha casa. (=quero essa parte da areia para construir a minha casa.).



Determinante possessivo

Determinante que admite variação em pessoa, género e número e que tem um valor deíctico, na medida em que estabelece a sua referência através de um mecanismo de localização que toma como ponto de referência os participantes do discurso tomados como possuidores (i).
Ao contrário dos pronomes possessivos, os determinantes possessivos co-ocorrem com nomes, em posição pré-nominal, especificando-os (ii).
O determinante possessivo é obrigatoriamente precedido pelo artigo definido ou pelo demonstrativo (iii), a não ser em contextos em que o grupo nominal tem a função de vocativo (iv) ou de modificador apositivo nominal (v).
Os determinantes possessivos podem ser precedidos de certos quantificadores (vi).

(i) São determinantes possessivos:

Um possuidor:
meu, minha, meus, minhas
teu, tua, teus, tuas
seu, sua, seus, suas

Vários possuidores:
nosso, nossa, nossos, nossas
vosso, vossa, vossos, vossas
seu, sua, seus, suas

 Exemplos:
(ii)
  (a) O meu carro é o melhor. ("meu" é um determinante)
  (b) O meu é o melhor. ("meu" é um pronome)
(iii)
  (a) {Este / O} [meu] aluno chega sempre atrasado.
  (b) *[Meu] {este / O} aluno chega sempre atrasado.
(iv) Meu filho, vem comer a sopa.
(v) ...a D. Afonso Henriques, D. Sancho I, seu filho primogénito, sucedeu-lhe.
(vi) Todos {estes / os } meus alunos chegaram atrasados.

Os determinantes possessivos também são denominados "adjectivos possessivos".

A narração;

A narração;

A narração está vinculada à nossa vida, pois sempre temos algo a contar.
Narrar é relatar fatos e acontecimentos, reais ou fictícios, vividos por indivíduos, envolvendo ação e movimento.
A narrativa impõe certas normas:
a) o fato: que deve ter seqüência ordenada; a sucessão de tais seqüências recebe o nome de enredo, trama ou ação;b) a personagem;c) o ambiente: o lugar onde ocorreu o fato;d) o momento: o tempo da ação
O relato de um episódio implica interferência dos seguintes elementos:
fato - o quê?personagem - quem?ambiente - onde?momento - quando?
                                                       Os graus dos adjectivos ;






O resumo do conto " a aia " ;

O resumo do conto " a aia "

Um rei moço e valente partira a batalhar por terras distantes, deixando só e triste a rainha e um filho pequeno. O rei perdeu a vida numa das batalhas e foi chorado rainha. Sendo herdeiro natural do trono, o bebé estava sujeito aos ataques de inimigos dos quais e se destacava o seu tio, irmão bastardo do rei morto que vivia num castelo sobre os montes, com uma horda de rebeldes. O pequeno príncipe era amamentado por uma aia, mãe de um bebé também pequeno. Alimentava os dois com igual carinho pois um era seu filho e outro viria a ser seu rei. A escrava mostrava uma lealdade sem limites.
Porém, o bastardo desceu da serra com a sua horda e começou uma matança sem tréguas. A defesa estava fragilizada pois a rainha não sabia como fomentá-la, limitando-se a temer e a chorar a sua fraqueza de viúva sobre o berço de seu filho. Uma noite a aia pressentiu uma movimentação estranha, verificando a presença de homens no palácio. Rapidamente se apercebeu do que iria passar-se e trocou, sem hesitar, as crianças dos respectivos berços. Nesse instante, um homem enorme entrou na câmara, arrebatou do berço de marfim o pequeno corpo que ali descansava e partiu furiosamente. A rainha, que entretanto invadira a câmara, parecia louca ao verificar as roupas desmanchadas e o berço vazio. A aia mostrou-lhe, então, o berço de verga e o jovem príncipe que ali dormia.
Entretanto, o capitão dos guardas veio avisar que o bastardo havia sido vencido, mas infelizmente o corpo do príncipe tinha também perecido. A rainha mostrou, então, o bebé e, identificando a sua salvadora, abraçou-a e beijou-a, chamando-lhe irmã do seu coração. Todos a aclamaram, exigindo que fosse recompensada. A rainha levou-a ao tesouro real, para que pudesse escolher a jóia que mais lhe agradasse. A ama, olhando o céu, onde decerto estava o seu menino, pegou num punhal e cravou-o no seu coração, dizendo que agora que tinha salvo o seu príncipe tinha de ir dar de mamar ao seu filho.~