O resumo do conto a ilha desconhecida ;
Homem foi bater à porta do Rei e disse-lhe: “Dá-me um barco”. A casa do rei tinha muitas portas, mas aquela era a das petições. Como o rei passava todo o tempo sentado à Porta dos Obséquios (entenda-se, os obséquios que faziam a ele), cada vez que ouvia alguém chamando à Porta das Petições fingia-se desentendido. Como o homem não parava de bater e começava a chamar a atenção da vizinhança, o rei mandou seu primeiro-ajudante resolver o problema. Este mandou o segundo-ajudante e assim foi até chegar à mulher da limpeza . Ela, como não tinha ninguém a quem mandar, abriu uma fresta da porta e perguntou o que o homem queria. O homem disse que só falaria com o rei em pessoa e deitou-se em frente à porta, impedindo a passagem de outros súditos que queriam fazer pedidos. Sabendo da teimosia do homem, o rei mandou abrir a porta. “Dá-me um barco.”, disse o homem simplesmente, “Para ir à procura da ilha desconhecida”. Como já não existem mais ilhas desconhecidas no mundo, o rei julgou que estivesse diante de um louco, desses que têm mania de navegações. Mas o homem insistiu. Disse que as ilhas que estão no mapa são as já conhecidas. Quanto à “ilha desconhecida”, essa não poderia estar em mapa nenhum. Persuasivo, o homem disse que não queria dinheiro nem tripulação. Apenas um barco. E afirmou também que, quando descobrisse a ilha, ela seria só dele. Ao rei, só interessavam as ilhas conhecidas. O rei ficou bravo com o homem e chamou a guarda. Mas a multidão, lá fora, começou a gritar, exigindo que o homem ganhasse o seu barco. O rei cedeu e concordou com o pedido. Enquanto o homem seguia para o porto para tomar posse do seu barco, a mulher da limpeza saiu do palácio por uma porta raramente usada: a Porta das Decisões. Apresentou-se ao homem e disse que seria a encarregada da limpeza no barco. Queria ir com ele atrás da ilha desconhecida. Ao chegar ao porto, o homem encontrou o capitão dos portos. Este também tentou demovê-lo de seu intento, afirmando, como o rei, que já não haviam ilhas desconhecidas. Depois, diante da teimosia do homem, entregou-lhe o barco, como exigia o rei. Era uma bela e frágil caravela. Enquanto o homem saiu caminhando para recrutar a tripulação, mulher da limpeza ficou no barco, varrendo e limpando. As gaivotas tentaram atacá-la e expulsá-la, mas ela girou a vassoura no ar e as expulsou. Quando o homem voltou, trazia um embrulho de comida na mão, mas estava sozinho e cabisbaixo. Nenhum marinheiro quis acompanhá-los naquela loucura. Também eles estavam certos de que já não haviam mais ilhas desconhecidas. Por que largariam o sossego dos seus lares e a boa vida dos barcos de carreira para se meterem em aventuras oceânicas, à procura do impossível? a mulher da limpeza não se deixou abater. Como não tinham tripulação, propôs o seguinte: eles podiam morar ali no barco. Ela ganharia dinheiro fazendo faxina em outras embarcações. Segundo o filósofo do rei, que às vezes conversava com ela, todo homem é uma ilha. Mas o homem achava que era necessário sair da ilha para ver a verdadeira ilha, que não nos vemos se não saímos de nós. O homem e a mulher deram uma volta para conhecer o barco. Acharam a caravela transformada bonita, mas o homem percebeu, que sem tripulantes, não conseguiria manobrá-la. Teria que devolvê-la ao rei. A mulher discordou. Não achou certo que ele perdesse o ânimo à primeira contrariedade. Estava convencida de que poderiam se arranjar só os dois. Os dois comeram e tomaram vinho sob a luz da lua e o homem percebeu o quanto aquela mulher era bonita. Depois foram dormir cada um numa ponta do barco. Ele sonhou durante toda a noite. Sonhou que a sua caravela ia pelo mar alto, com as três velas triangulares enfunadas, abrindo caminho sobre as ondas, enquanto ele manejava a roda do leme e a tripulação descansava à sombra. Do porão do barco, começaram a vir sons de animais de todos os tipos. Depois choveu e, no convés, brotaram plantas de todas as qualidades. O homem, ali do leme, perguntou aosmarinheiros se eles já avistavam alguma ilha desabitada, mas eles responderam que não. Que a ilha desconhecida não existia e que queriam ficar no próximo porto. Foi exatamente o que aconteceu: assim que o barco aportou, todos se foram, levando todos os animais. Por causa do atropelo da saída haviam-se rompido e derramado vários sacos de terra, de modo que a coberta era toda como um campo lavrado e semeado. Logo uma floresta navegava e balançava sobre as ondas, uma floresta onde começavam a cantar os pássaros. Então o homem trancou a roda do leme e desceu ao campo com a foice na mão, e foi quando tinha cortado as primeiras espigas que viu uma sombra ao lado da sua sombra. Acordou abraçado à mulher da limpeza, e ela a ele, confundidos os corpos, confundidos os beliches, que não se sabe se este é o de bombordo ou o de estibordo. Depois, mal o sol acabou de nascer, o homem e a mulher foram pintar na proa do barco, de um lado e do outro, em letras brancas, o nome que ainda faltava dar à caravela. Pela hora do meio-dia, com a maré, A Ilha Desconhecida fez-se enfim ao mar, à procura de si mesma.
oi , vamos falar sobre as nossas aulas de lingua portuguesa (:
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010
O tesouro ;
sobre o conto ;
O Tesouro é um conto de Eça de Queirós reunidos em Contos, publicado em 1902.
Nele, o autor reflete sobre a natureza humana e a sua relação com a riqueza material.
Os protagonistas são três irmãos (os irmãos de Medranhos): Guanes, Rui e Rostabal. As personagens começam por ser apresentadas colectivamente, mas, à medida que a acção progride, a sua caracterização vai-se individualizando, como que sublinhando o predomínio do egoísmo individual sobre a aparente fraternidade.
Resumo do conto o tesouro ;
O conto baseia-se na vida de três irmãos de Medranhos (Rui, Guanes e Rostabal) que vivem no Reino das Asturias talvez os mais famintos e miseráveis fidalgos do reino. Passavam os dias no Paço de Medranhos junto à lareira, que há muito que não se acendia. Devoram, à noite, pedaços de pão esfregados em alho, indo depois deitar-se no estábulo para aproveitar o calor das suas três éguas. Certo dia, quando passeavam na mata de Roquelanes, acharam numa cova de rocha um velho cofre de ferro com uma inscrição árabe este tinha três chaves e as suas respectivas três fechaduras. Obcecados por retornarem às suas vidas de bem-estar, luxo e ostentação, o que faz com que fiquem enfurecidos e a duvidar dos seus próprios irmãos. Com isso Rui decide que o tesouro será repartido irmãmente, com iguais quantidades por todos. Assim decidem que Guanes irá a vila mais próxima (Retortilho) e trará comida e alforges para carregar o tesouro,enquanto Guarnes foi à vila ia cantado " Olé! Olé! sale la cruz de la iglesia, Vestida de negro luto..." enquanto isso Rui tenta persuadir/manipular o seu irmão Rostabal a matar Guanes , porque este fazia troça dele e iria gastar o dinheiro mal gasto, e assim teriam que dividir o tesouro só por dois, assim se passou, Guanes é morto e à primeira oportunidade Rui mata Rostabal, ficando assim o Tesouro só para ele. Enquanto Rui "saboreava" está vitória sobre os seua irmãos e imaginando como seria ser o novo Senhor de Medranhos (intitulando-se D.Rui), repara que o seu irmão só trouxera duas garrafas de vinho para três irmãos, mas levado pela sofreguidão não se importa. Começa a beber o vinho e a comer o Capão que o irmão trouxera, quando carregava o ouro do tesouro para os alforges começa a sentir um mau estar, como se uma chama se acendesse dentro dele e quanto mais ele a tentava apagar mais a sentia, Rui tenta pedir ajuda aos seus irmãos mortos, e tenta sugar a frescura da água mas está revelasse como metal derretido, queimando-o. Assim todos os irmãos morrem e o tesouro continua na mata de Roquelanes.
O Tesouro é um conto de Eça de Queirós reunidos em Contos, publicado em 1902.
Nele, o autor reflete sobre a natureza humana e a sua relação com a riqueza material.
Os protagonistas são três irmãos (os irmãos de Medranhos): Guanes, Rui e Rostabal. As personagens começam por ser apresentadas colectivamente, mas, à medida que a acção progride, a sua caracterização vai-se individualizando, como que sublinhando o predomínio do egoísmo individual sobre a aparente fraternidade.
Resumo do conto o tesouro ;
O conto baseia-se na vida de três irmãos de Medranhos (Rui, Guanes e Rostabal) que vivem no Reino das Asturias talvez os mais famintos e miseráveis fidalgos do reino. Passavam os dias no Paço de Medranhos junto à lareira, que há muito que não se acendia. Devoram, à noite, pedaços de pão esfregados em alho, indo depois deitar-se no estábulo para aproveitar o calor das suas três éguas. Certo dia, quando passeavam na mata de Roquelanes, acharam numa cova de rocha um velho cofre de ferro com uma inscrição árabe este tinha três chaves e as suas respectivas três fechaduras. Obcecados por retornarem às suas vidas de bem-estar, luxo e ostentação, o que faz com que fiquem enfurecidos e a duvidar dos seus próprios irmãos. Com isso Rui decide que o tesouro será repartido irmãmente, com iguais quantidades por todos. Assim decidem que Guanes irá a vila mais próxima (Retortilho) e trará comida e alforges para carregar o tesouro,enquanto Guarnes foi à vila ia cantado " Olé! Olé! sale la cruz de la iglesia, Vestida de negro luto..." enquanto isso Rui tenta persuadir/manipular o seu irmão Rostabal a matar Guanes , porque este fazia troça dele e iria gastar o dinheiro mal gasto, e assim teriam que dividir o tesouro só por dois, assim se passou, Guanes é morto e à primeira oportunidade Rui mata Rostabal, ficando assim o Tesouro só para ele. Enquanto Rui "saboreava" está vitória sobre os seua irmãos e imaginando como seria ser o novo Senhor de Medranhos (intitulando-se D.Rui), repara que o seu irmão só trouxera duas garrafas de vinho para três irmãos, mas levado pela sofreguidão não se importa. Começa a beber o vinho e a comer o Capão que o irmão trouxera, quando carregava o ouro do tesouro para os alforges começa a sentir um mau estar, como se uma chama se acendesse dentro dele e quanto mais ele a tentava apagar mais a sentia, Rui tenta pedir ajuda aos seus irmãos mortos, e tenta sugar a frescura da água mas está revelasse como metal derretido, queimando-o. Assim todos os irmãos morrem e o tesouro continua na mata de Roquelanes.
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